Ausência de chuva, calor excessivo e a baixa umidade do ar são alguns dos responsáveis por causar prejuízo na plantação de agricultores. Arujá, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba estão em estado de seca severa.
Ausência de chuva, calor excessivo e a baixa umidade do ar são alguns dos responsáveis por causar prejuízo na plantação de agricultores do Alto Tietê. A região tem cerca de 5 mil produtores, que costumam produzir 25 mil toneladas de hortaliças ao dia. Entretanto, a junção dos três fatores fizeram com que as perdas chegassem a 30%.
“A terra, nesse tempo, fica muito seca. Se a gente for plantar, a gente perde a muda, porque [ela] cozinha devido ao Sol muito quente. Estamos enchendo o [poço] artesiano para irrigar a plantação, mas o calor da terra é tanto que a água evapora”, afirma a agricultora Cleusa Bispo dos Santos.
“Nós estamos em pleno período seco – período que começou de forma antecipada -, isso está deixando a região em uma situação de seca e, a previsão que temos, é de um atraso na estação chuvosa. Isso pode gerar um certo estresse no sistema hídrico do país e também na agricultura”, afirma o meteorologista Marcelo Seluchi.
O biólogo Rodrigo Marques Lima dos Santos explica que não há previsão para diminuição dos riscos de queimada. “Vamos ficar na dependência da chegada de novas frentes frias e esse período úmido vai começar na mudança da primavera para o verão, lá para novembro… Então, até lá, a chance das queimadas continuarem é bem alta”.
“O tempo seco altera o organismo de todos os seres vivos, inclusive das plantas, que não têm como se proteger. Nós temos securas na pele, no corpo, problemas respiratórios, é um momento bem complicado”, finaliza.